Este é mais um dia que passa e em que as saudades aumentam. Olho pela janela e vejo serra, não consigo ver o mar, fica a quase 400 quilómetros de distância, estamos a falar de quatro horas de carro. Olho à minha volta e não vejo mais nada, nem trabalho há para fazer. Tento inventar um pouco de tudo para sentir-me activa, mas não parece resultar. Fico à espera que o tempo passe rápido para poder ir para casa descansar, mas o reboliço do nenhum volta amanhã, mas já é sexta-feira por isso é mais fácil. Conto os dias para aí voltar, mas nunca mais passa, este período é o pior, com este calor só apetece praia mas estou tão longe. Apetece-me banhos de sol e água salgada, mas não há por estes lados. Já nem falo em saudades, já consegue ser mais que isso. A família está longe e dispersa, o trabalho não é aliciante, pelo contrário, e não acontece mais nada. A Madeira é mesmo um paraíso digam o que disserem, o depressivo só o está porque não sabe aproveitar o que esta bela terra dá. Bastavam-me cinco minutos perto do mar para que tudo mudasse, é como se fosse uma lufada de ar fresco e matava saudades...
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